"O meu ódio, grande, entranhado e único na minha vida, ao Marquês de Pombal não procede do afecto ao padre nem do desagravo da religião: é por amor ao homem. Reconhece que a realidade dos factos foi sacrificada a uma bandeira que lhe emprestaram, porque a Democracia... repele o meu livro da sua estante de história, e não lhe dará sequer a importância de o ler. Quanto a refutá-lo, a Democracia não gosta de ilaquear as suas teorias abstractas na rede da pequena história, feita das malhas dos argumentos sediços. Ela tem uma ideia, um simbolismo a que chamou – Marquês de Pombal, adulterando-o até às condições fabulosas do mito... se os ultra-liberais de 1882 estão com o Marquês de Pombal, quem nos afirma que as confederações republicanas e ateístas de 1982 não hão-de estar com os jesuítas? As situações parecem-me equivalentes nas paralelas do absurdo" (Camilo Castelo Branco, ao fazer o Perfil do Marquês de Pombal). 1882
segunda-feira, 12 de maio de 2008
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Um comentário:
Vendo o que hoje se passa, os padres Melícias, etc, são palavras premonitórias. É o mínimo que podemos dizer.
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