quarta-feira, 28 de maio de 2008

Demagogia e subsidiariedade

O ministro da Economia, Manuel Pinho, pediu à Comissão Europeia para intervir na subida do custo dos combustíveis, identificando «medidas de curto e médio prazo que possam minimizar o efeito negativo da escalada do preço do petróleo», refere um comunicado do ministério, citado pela RTP.

Isto, para além de demagogia sem quaisquer resultados que não sejam o iludir o povinho, é...vá lá...como diz o Ricardo Araújo Pereira..hmmm..é ESTÚPIDO!

É estúpido porque quando já aqui ao lado (vulgo, Espanha) se praticam os preços que se vêem, é lógico que o problema é apenas a nível interno. Certo é que há uma crise internacional generalizada, em relação à qual a UE poderá eventualmente tomar medidas. Mas quanto ao que realmente interessa neste momento, o escabroso aumento dos preços dos combustíveis em Portugal, o problema é interno, para ser resolvido tem que ser focado a nível das condicionantes e jogadores internos. Não sei se Manuel Pinho já ouviu falar daquele princípio que preside a grande parte do projecto de construção da integração europeia, aquele de que já Aristóteles, ou São Tomás de Aquino uns séculos mais tarde, andavam a falar, o princípio da subsidiariedade...Parece que não. Ou pelo menos finge que não.

2 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

"Eles" que nos ofereçam bons exemplos,, começando a ir no seu carro para o ministério, prescindindo de outras mordomias - 5.000 contos de telemóvel, por. ex. - despesas de representação exorbitantes, construção de lavabos de 30.000 contos, etc. Depois falem-nos da crise. Qual crise? Viram o relatório de contas da GALP?

Pedro Fontela disse...

Não sou grande fã de forçar uma pobreza franciscana (salvo o padre Melicias que é um franciscano de mercedes...) aos servidores dos estado, penso que será retórica vazia mas também acredito que independentemente de serem justamente remunerados ninguém deveria enriquecer com a actividade política!

Quanto aos preços... o melhor seria mesmo não ter uma carga fiscal tão elevada. E isso está dentro dos poderes do estado.