... antes de debitar barbaridades como se vêem por aí, culpando o liberalismo (que não existe verdadeiramente em Portugal), pela crise económico-financeira portuguesa (para não falar da mundial que se avizinha), via Blasfémias:
A maior parte do sector privado lusitano só quer e, se calhar, só pode subsistir associado à tutela estatal e não tem pejo em subordinar-se aos operadores puramente políticos, abandonando a evolução de culturas de empresas inovadoras desenvolvidas por gestores profissionais que pusessem, finalmente, o mercado a funcionar em Portugal. No curto prazo, este hesitante sector privado nascido dos cravos de Abril parece ver mais ganhos incorporando governos em si próprio do que emancipando-se de tutelas constrangedoras.(Mário Crespo in Jornal de Notícias)
E já agora ler a resposta pragmática de LR no Blasfémias:
A atitude habitual nestes casos é diabolizar os políticos, as empresas e os empresários, o que nos confere um muito aceitável estatuto de puristas guardiões de nobres valores como o do pudor. Todos se esquecem porém de três premissas fundamentais, a saber:
* Os agentes económicos reagem adequada e racionalmente a incentivos, sob pena de comprometerem a sua actividade;
* É ao Estado ou a entidades por ele dominadas a quem cabe a (i)rresponsabilidade pela atribuição dos (maus) incentivos;
* A carne é fraca e este mundo está infestado de pecadores.
O implícito “É assim!” do Jorge Coelho traduz, no fundo, a clarividência de quem conhece muitíssimo bem o sistema vigente - ou não se tratasse de um dos seus principais “arquitectos” - e sabe aproveitar em benefício próprio os incentivos que aquele disponibiliza. Recusasse ele o convite, haveria por certo muitos outros “apparatchiks” em fila disponíveis para a função.
A maior parte do sector privado lusitano só quer e, se calhar, só pode subsistir associado à tutela estatal e não tem pejo em subordinar-se aos operadores puramente políticos, abandonando a evolução de culturas de empresas inovadoras desenvolvidas por gestores profissionais que pusessem, finalmente, o mercado a funcionar em Portugal. No curto prazo, este hesitante sector privado nascido dos cravos de Abril parece ver mais ganhos incorporando governos em si próprio do que emancipando-se de tutelas constrangedoras.(Mário Crespo in Jornal de Notícias)
E já agora ler a resposta pragmática de LR no Blasfémias:
A atitude habitual nestes casos é diabolizar os políticos, as empresas e os empresários, o que nos confere um muito aceitável estatuto de puristas guardiões de nobres valores como o do pudor. Todos se esquecem porém de três premissas fundamentais, a saber:
* Os agentes económicos reagem adequada e racionalmente a incentivos, sob pena de comprometerem a sua actividade;
* É ao Estado ou a entidades por ele dominadas a quem cabe a (i)rresponsabilidade pela atribuição dos (maus) incentivos;
* A carne é fraca e este mundo está infestado de pecadores.
O implícito “É assim!” do Jorge Coelho traduz, no fundo, a clarividência de quem conhece muitíssimo bem o sistema vigente - ou não se tratasse de um dos seus principais “arquitectos” - e sabe aproveitar em benefício próprio os incentivos que aquele disponibiliza. Recusasse ele o convite, haveria por certo muitos outros “apparatchiks” em fila disponíveis para a função.