segunda-feira, 19 de maio de 2008

A soma das minhas opiniões sobre futebol

Admito que ao ver as andanças que andam pelo país com estas tretas dos problemas do futebol (problemas internos e externos de corrupção, apoios políticos desavergonhados, circo mediático patético, etc) que cada vez tenho mais vontade de lidar de forma radical com o assunto.

1) Começar por impor um plano de pagamento de dívidas fiscais canalizando todos os rendimentos dos clubes em dívida para o estado até estarem saldadas. Excluindo necessariamente os bens físicos que não possam ser vendidos (ex: estádios).
2) Em caso de incumprimento o clube passa a ser dissolvido e os bens liquidados em praça pública. Os dirigentes serão fiscalizados por uma comissão que vai avaliar a sua conduta fiscal e se necessários instaurar processos por intencionalmente defraudarem o fisco.
3) Publicar essas contas e os detalhes de cada fraude para apagar qualquer resquício de simpatia pública que esses senhores do futebol possam ter.
4) Os clubes que sobreviverem à purga passaram a ser considerados negócios e sujeitos a todas as taxas apropriadas sem a cobertura do “desporto” que actualmente utilizam.

Bem sei que não seria popular mas já estava na altura de algum governo de por estes empresários vendedores de banha na cobra no seu lugar e arrasar qualquer réstia de poder que ainda tenham ao impedir que dominem o espaço público com as suas balelas.

4 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Estão a ver? Parece-me que fizemos bem em forçar o Fontela a entrar no nosso galeão. Adorei o primeiro post, porque defendo exactamente a mesma coisa. E quem fala nos futebóis, fala na banca e nos betões. Bravo!

Nuno Castelo-Branco disse...

Aliás, irrta-me imenso o à vontade e a desfaçatez com que certos dirigentes do mundo futebolês surgem nos telejornais, com ameaças veladas, indirectas que deixam suspeitas sem fundamento e claro apelo ao populismo mais rasca.

cristina ribeiro disse...

Não poderia estar mais de acordo, Pedro!
Quando digo que sou do Vitória de Guimarães, ou do Sporting, estou apenas e tão só a falar no plano da emoção, que, de forma alguma, pactua com essas trapalhadas: sou do Vitória porque é o clube da minha terra, e do Sporting porque o meu pai, que ainda viu jogar os «Cinco Violinos», me passou, a mim e aos meus irmãos, o testemunho. Mas não sou adepta, de modo nenhum- bem pelo contrário- de dar ao futebol um lugar maior do que aquele que desempenha nas nossas vidas: secundário, ao contrário do que as televisões e imprensa querem fazer crer...

Pedro Fontela disse...

Nuno,

Eles lá saberam quantos políticos estão entalados nas suas malhas para poderem fazer ameaças dessas...


Cristina,

Pois eu percebo, há uma carga afectiva. E não há nada de mal nisso. Como dizes e bem o grande problema é quando isto além de passar ao nivel da alienação acaba por dar em ilegalidades ou imoralidades como é tantas vezes o caso.