domingo, 18 de maio de 2008

Fotos com História: o exército português em Moçambique, década de 50


Aproveito estas fotos dos tempos de tropa do meu pai em Vila de Manica (Manica e Sofala) e em Boane, para mostrar certas "dualidades" da II república. Se repararem bem na foto em cima à esquerda, ele surge com o uniforme de combate que é uma cópia daquele usado pelos britânicos na campanha do norte de África  em 1940-43 (8th. Army). A espingarda também é inglesa, uma Lee-Enfield . Mais abaixo e também à esquerda, aparece uniformizado para uma cerimónia e o traje é desta vez... uma descarada e perfeita réplica do uniforme do Afrika Korps de Rommel durante a mesma campanha na Líbia. Interessante, não? Resta dizer que algumas unidades estavam equipadas com espingardas Mauser (alemã).
O serviço militar oferecia igualmente , muitas oportunidades para visitar Moçambique e nos momentos de lazer, lá ia o Vítor para um safari fotográfico, desta vez aos crocodilos e hipopótamos. Nunca houve qualquer tipo de arma de fogo em casa e as caçadas - imagem de marca do colonialismo -, sempre foram encaradas como simples barbaridade, sendo os meus pais eternos defensores dos animais.
Neste conjunto de fotografias, vemos uma imagem referente à visita do general Craveiro Lopes, então Chefe do Estado. O meu pai surge de capacete colonial, algures na guarda de honra. Um tempo que passou.

7 comentários:

Anônimo disse...

Defensores dos animais, é pouco! Ainda me lembro do terrível Rex!
Um abraço,

Nuno Castelo-Branco disse...

O terrível Rex?! Conheceu esse grande cão? Já agora, JP, quem é ? Ehehehehe, o Rex... que animal extarordinário! Era o dono da casa inteira, tinha a primazia em tudo, ele é que punha e dispunha. Se o sofá estivesse por ele ocupado, sentávamos-nos no chão. Os meus pais têm um igualzinho, o Rapaz, mas em vez de um rex preto, este é creme. Prepotente, mas bonzinho. O seu antecessor não era mau, mas estava mal educado. Grande cão!

Anônimo disse...

Não me lembro é do nome do outro desgraçado (cão), à conta do qual a casa dos teus pais tinha que estar sempre hermeticamente dividida em duas...
Em abono da verdade, o Rex nunca me mordeu. Já o mesmo não pode dizer o Francisco Noronha!
Um abraço!
João Portugal
fahrendengesellen@gmail.com

Nuno Castelo-Branco disse...

Não tinha dito, mas a certeza era quase absoluta quanto ao significado do JP! Não nos vemos desde o fim do século passado, é incrível como o tempo passa.
Havemos de nos encontrar e pôr "a escrita em dia".
O cão era o Barine, um arraçado de cocker spaniel que o Miguel encontrou, já bastante velhote, perto da Feira Popular. Abandonado, como é costume nestas ocidentais paragens. O cão era bonzinho e o Rex tinha uns ciúmes loucos, porque temia partilhar o afecto da minha mãe.
Não sabia que o Francisco (onde anda ele?) tinha sido mordido.
Abraços,
Nuno

Anônimo disse...

Bom, o fim do século passado tb ainda não foi há muito tempo! Há mais tempo que não vejo o teu irmão!
Não me lembrava nada do nome do cão, mas recordo a biografia. E era um paz de alma.
Sim, o Rex nem deixava cumprimentar direito a tua mãe! Estão bons, os teus pais? Antigamente, quando tinha tempo, ainda via o teu pai na BN.
Francisco: vive em Setúbal, mas é dificílimo de encontrar. A última vez que estive com ele foi no jantar dos 40 anos do Paulo Alcobia, que já vai a caminho dos 42...
Manda-me o teu mail!
Abr.,
JP
fahrendengesellen@gmail.com

Anônimo disse...

Então meninos? Isso é coisa que se escreva? É certo que sou mui mais jovem que qualquer um dos dois mas daí a revelarem assim a minha idade em público...
E, por falar em velharias, para quando um jantar da velha guarda com os "long time no see" Pedro Bruno, Vasco d'Orey, Assis, Marchante e Cª?

PA

Nuno Castelo-Branco disse...

Alcobia, LIGA assim que quiseres, o meu telefone vem no meu site (procura, eheheheh). Vamos tomar um café um dia destes. Aparece sempre e comenta!
Estou satisfeitíssimo por teres falado e ainda hºa uns dias me lembrei de ti quando ganhámos a taça, ehehehe.