quinta-feira, 15 de maio de 2008

3 comentários:

O Réprobo disse...

Pelo menos, fica-me o consolo da recepção entusiástica que teve, quando voltou a Portugal. Um dos beneficiados com audiência foi o meu falecido Pai, muito novo, então.
E o Embaixador Teixeira de Sampayo não aguentou a comoção e caiu fulminado, para sempre.
Beijo

Nuno Castelo-Branco disse...

Existe um livro publicado que se chama "Mes Dessins", cuja venda reverteu para a Luta Anti-Tuberculose. D. Amélia desenhava muito bem e acompanhou as imagens com textos de autores portugueses, entre os quais, pasme-se, o traste do Guerra Junqueiro. Esse mesmo,o tal que escreveu o caçador Simão, acicatando o crime. Já agora, hoje sabe-se de onde vinha o ressentimento. Acontece que o Junqueiro era, digamos, um vigarista que falseava "antiguidades" (estou a ser gentil...). Tentando vender a D. Carlos um lote de armas "antigas" por bom preço, o potencial comprador disse-lhe que não podia. Sentindo-se descoberto, passou a devotar ao antigo amigo, um ódio implacável. No entanto, tanto o monarca como a consorte, sempre separaram a mera opinião política do talento dos artistas. Assim, tinham Bordalo Pinheiro em grande consideração, rindo-se imenso das caricaturas que o homem lhes fazia. Quanto a Junqueiro, pouco antes de morrer, foi mais um a pedir desculpas à rainha. Era tarde demais. Porca miséria, porca política. Um século XX infernal, eis o legado dessa gente.

*Nunca compreendi bem como conciliava criancinhas, avezinhas e florzinhas com ódios e demandas de assassínio. Mais um psicopata belle époque.

cristina ribeiro disse...

Foi pena, Paulo, não se ter dado o passo que se impunha, a seguir...


No segundo volume são muitos os poemas, e outros textos, que a Rainha embeleza com os seus desenhos, como um do Conde de Monsaraz, que está postado mais abaixo: «Rosita».