sábado, 19 de abril de 2008

Pedaços do Minho


A açucena co'o pé n'água
Pode estar quarenta dias,
Eu sem ti nem uma hora,
Quanto mais annos e dias.

Amar e saber amar,
Amar e saber a quem,
Eu só amo a ti menina,
Não amo a mais ninguém.

Annel de sete pedrinhas
Foi feito na pedraria,
Eu não te posso deixar,
Parece feitiçaria.

(in «O Minho Pittoresco»)

5 comentários:

O Réprobo disse...

Querida Cristina,
ora cá está um desmentido do adagiário: fazer o bem, mas olhando a quem!
Beijo

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

lindo e s�bio,Cristina! Esta poesia popular tem sempre essa caracteristica- a tentativa de entendimento da vida.

� do livro de Jos� Viieira,n�o � Tenho-o na estante e um outro que gostei "A Divorciada". Uma delicia.

beijinho

cristina ribeiro disse...

Pois, e então este bem de que falamos não pode ser esbanjado às cegas :)
Beijo

cristina ribeiro disse...

É esse mesmo Júlia- uma delícia e tanto. As descrições deste Minho que já não existe( restam-nos pedaços). Valha-nos o Alto Minho, que melhor se conservou- no interior-.
Mas esta poesia popular é sabedoria que se bebe no dia-a-dia...
Beijinho

José M. Barbosa disse...

Parece mas não é. Belíssimo.
Z.