A opinião de Medeiros Ferreira no Correio da Manhã:
Hesitei em tratar das propostas que circulam sobre possíveis alterações ao Regulamento de Disciplina Militar (RDM). Primeiro porque estamos habituados à técnica das sondagens prévias.
Depois porque confio no bom senso político do actual ministro da Defesa. Porém há algo de escandaloso nessa possibilidade de o oficial reformado – sem armas, sem comando, sem acesso a segredos de Estado e liberto de hierarquias – não poder opinar quando lhe aprouver sobre questões militares, que o melhor é atalhar já. Seria intolerável do ponto de vista da cidadania e mesmo um empobrecimento do debate público sobre matérias tão delicadas e específicas, caso isso acontecesse.
E depois caso haja afronta, calúnia, difamação, e sei lá que mais, a República Portuguesa ainda tem os tribunais civis a funcionar. Ou só a morte liberta os militares do RDM?
Hesitei em tratar das propostas que circulam sobre possíveis alterações ao Regulamento de Disciplina Militar (RDM). Primeiro porque estamos habituados à técnica das sondagens prévias.
Depois porque confio no bom senso político do actual ministro da Defesa. Porém há algo de escandaloso nessa possibilidade de o oficial reformado – sem armas, sem comando, sem acesso a segredos de Estado e liberto de hierarquias – não poder opinar quando lhe aprouver sobre questões militares, que o melhor é atalhar já. Seria intolerável do ponto de vista da cidadania e mesmo um empobrecimento do debate público sobre matérias tão delicadas e específicas, caso isso acontecesse.
E depois caso haja afronta, calúnia, difamação, e sei lá que mais, a República Portuguesa ainda tem os tribunais civis a funcionar. Ou só a morte liberta os militares do RDM?
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