«A guerra, porém, já não é essa luta desesperada e devastadora das primeiras décadas do século XX. É um combate de objectivos limitados entre contendores sem capacidade para se destruírem uns aos outros, nem causa material para se digladiarem ou qualquer divergência ideológica genuína a separá-los.»
A incapacidade dos contendores para se aniquilarem é sem dúvida uma previsão concretizada pela coexistência pacífica baseada na doutrina da Mutual Assured Destruction, o tal pacto tácito entre EUA e URSS para manter a ordem durante a Guerra-Fria, apenas desestabilizada quando os EUA decidiram montar um sistema de defesa anti-míssil.
Porém, se durante esse conflito, a divergência ideológica era premente e reflectia-se nas organizações militares respectivas de cada bloco, Pacto de Varsóvia e NATO, certo é que a ideologia do comunismo foi diminuída ao seu indispensável, e até os chineses procuram demonstrar como é necessário o capitalismo para o desenvolvimento de uma alegada sociedade igualitária (trata-se de mais um excelente instrumento de propaganda). De tal forma, a nova ordem económica mundial baseada no liberalismo condiciona de forma determinante a superestrutura política, tal como Marx havia previsto, que os conflitos há muito deixaram de ser entre ideologias (pode-se é arguir como Huntington faz, por uma lógica de Choque de Civilizações, onde a cultura, civilização e religião são os elementos determinantes do conflito, mas isso são contas de outro rosário).
E até numa analogia doméstica em termos da Teoria das Relações Internacionais, pode-se verificar que deixaram de existir verdadeiros conflitos ideológicos no seio das sociedades democráticas liberais ocidentais. Mais ainda nos países do norte da Europa, onde a política aperfeiçoou-se de tal forma que perdeu a sua carga ideológica e passou a estar ao mais directo serviço dos cidadãos, numa lógica de funcionamento pela e para a causa pública, quase remetida ao nível da gestão e administração (talvez nem seja assim tão mau voltar à oikos como alguns julgam, quando na polis não nos conseguimos entender).
A incapacidade dos contendores para se aniquilarem é sem dúvida uma previsão concretizada pela coexistência pacífica baseada na doutrina da Mutual Assured Destruction, o tal pacto tácito entre EUA e URSS para manter a ordem durante a Guerra-Fria, apenas desestabilizada quando os EUA decidiram montar um sistema de defesa anti-míssil.
Porém, se durante esse conflito, a divergência ideológica era premente e reflectia-se nas organizações militares respectivas de cada bloco, Pacto de Varsóvia e NATO, certo é que a ideologia do comunismo foi diminuída ao seu indispensável, e até os chineses procuram demonstrar como é necessário o capitalismo para o desenvolvimento de uma alegada sociedade igualitária (trata-se de mais um excelente instrumento de propaganda). De tal forma, a nova ordem económica mundial baseada no liberalismo condiciona de forma determinante a superestrutura política, tal como Marx havia previsto, que os conflitos há muito deixaram de ser entre ideologias (pode-se é arguir como Huntington faz, por uma lógica de Choque de Civilizações, onde a cultura, civilização e religião são os elementos determinantes do conflito, mas isso são contas de outro rosário).
E até numa analogia doméstica em termos da Teoria das Relações Internacionais, pode-se verificar que deixaram de existir verdadeiros conflitos ideológicos no seio das sociedades democráticas liberais ocidentais. Mais ainda nos países do norte da Europa, onde a política aperfeiçoou-se de tal forma que perdeu a sua carga ideológica e passou a estar ao mais directo serviço dos cidadãos, numa lógica de funcionamento pela e para a causa pública, quase remetida ao nível da gestão e administração (talvez nem seja assim tão mau voltar à oikos como alguns julgam, quando na polis não nos conseguimos entender).
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