Tornemos, amor tornemos,
Tornemos ao que era d'antes,
Seremos amantes firmes,
Seremos firmes amantes.
Eu sou sol e tu és sombra
Qual de nós será mais firme?
Eu, como o sol a adorar-te,
Tu, como a sombra a fugir-me.
Hei-de atar o junco verde
À raiz da amendoeira,
Se não lograr os teus olhos
Prefiro ficar solteira.
Ó luar da meia-noite,
Ó luar da claridade,
Ó luar que tens prendido
Toda a minha liberdade.
(in«O Minho Pittoresco»)
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Pedaços do Minho
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5 comentários:
Interessante a identificação da voz feminina com a simbologia solar em vez da lunar. E outrossim o lamento da perda da liberdade, quando se confessa o anseio de uma privação maior dela.
Mas o Amor é (também) assim.
Gostei muito, Querida Cristina.
Beijo
Esta, Paulo, é a fase da reconciliação, depois de ter manifestado todas aquelas dúvidas sobre a verdade do sentimento que ele lhe protestava- que admira que toda ela se sinta solar?
Como diz, trata-se de um sentimento que resulta na amálgama de muitas sensações. É tudo menos linear.
Beijo
... menos linear... lá está porque é que o Nuno se diz gelado e a mim me custa a arrancar (risos)... ah, a falta de sensibilidade dos homens(mais risos).
Meu caro Mike, até entendo que custe a arrancar em muita outra poesia- a mim também nem toda "toca", mas esta? Coisa mais chã e directa?
E não me venha com a falta de sensibilidade dos homens, porque estão aí os seus belos postais para o desmentir...
:-)
bom fim de semana!
já disseram tudo
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