Eram umas 16:30 ontem, acabados de sair da defesa da tese de mestrado de um colega no ISEG, quando nos deparámos com um daqueles espectáculos que tanto me irritava em Brasília, posto que me fazia atravessar toda a Esplanada dos Ministérios e obrigava-me a gastar dinheiro num táxi para me levar até à universidade, isto é, manifestações sindicalistas.
Eu nem sou contra manifestações, o direito à greve e à livre manifestação são elementares factores da democracia liberal ocidental, e como tal não podem ser reprimidos, sob o risco de ameaça à própria democracia (embora José Sócrates não pareça pensar o mesmo quando as manifestações são contrárias aos seus intentos e, vejam só, parece que tal personagem até é de esquerda...), mas não sou obrigado a gostar desse género de fenómeno de massas.
No entanto, e carregado do meu habitual sentido de humor sarcástico, não me podia excusar a beber um pouco do sentimento que fluía naturalmente dos manifestantes. Ainda para mais com um cachecol do Sporting ao pescoço, o que já me tinha garantido uns elogios de umas anónimas desconhecidas logo pela manhã na Baixa, armei-me em Neto, gritei "dá-lhe Falâncio" (para os que desconhecem, vejam o Vai Tudo Abaixo Tv no Youtube), e enquanto a Ana agitava uma bandeira da CGTP (muito material de campanha desperdiçado encontrava-se no chão), eu ia por ali com o punho levantado disparando alto e bom som argumentos em nome da defesa dos direitos dos trabalhadores, contra este governo pá, que isto é uma vergonha pá, e que temos que fazer outra revolução pá!
O que mais me impressionou foi a quantidade de pessoas que em vez de estar na manifestação andava por ali, uns a fumar ganzas, a maioria nas tascas, pelo que à passagem por tais estabelecimentos de lazer não pude conter o meu manifesto sorriso enquanto disparava "A luta faz-se é na tasca a beber minis pá!"
Depois dos risos de algumas pessoas que não tinham nada a ver com o que por ali se passava, da exclamação de um trolha de bandeira da CGTP em punho que gritou qualquer coisa meio disforme do género "Granda Sporting pá", cuspindo-se todo (afinal não é só gente de bem que tem o Sporting como clube do coração), e de uma senhora, aparentemente revoltada com o facto de eu envergar um tal símbolo me gritar "Oh tu tira esse cachecol", o que obviamente nem retorqui pelo simples facto de não a conhecer de lado algum para me tratar por tu, ainda bem que o carro estava por perto. Mal por mal sempre podia gravar alguma agressão com o telemóvel, mas fica para a próxima. No fundo, o que há a reter, é que a luta faz-se é na tasca a beber minis pá!
Eu nem sou contra manifestações, o direito à greve e à livre manifestação são elementares factores da democracia liberal ocidental, e como tal não podem ser reprimidos, sob o risco de ameaça à própria democracia (embora José Sócrates não pareça pensar o mesmo quando as manifestações são contrárias aos seus intentos e, vejam só, parece que tal personagem até é de esquerda...), mas não sou obrigado a gostar desse género de fenómeno de massas.
No entanto, e carregado do meu habitual sentido de humor sarcástico, não me podia excusar a beber um pouco do sentimento que fluía naturalmente dos manifestantes. Ainda para mais com um cachecol do Sporting ao pescoço, o que já me tinha garantido uns elogios de umas anónimas desconhecidas logo pela manhã na Baixa, armei-me em Neto, gritei "dá-lhe Falâncio" (para os que desconhecem, vejam o Vai Tudo Abaixo Tv no Youtube), e enquanto a Ana agitava uma bandeira da CGTP (muito material de campanha desperdiçado encontrava-se no chão), eu ia por ali com o punho levantado disparando alto e bom som argumentos em nome da defesa dos direitos dos trabalhadores, contra este governo pá, que isto é uma vergonha pá, e que temos que fazer outra revolução pá!
O que mais me impressionou foi a quantidade de pessoas que em vez de estar na manifestação andava por ali, uns a fumar ganzas, a maioria nas tascas, pelo que à passagem por tais estabelecimentos de lazer não pude conter o meu manifesto sorriso enquanto disparava "A luta faz-se é na tasca a beber minis pá!"
Depois dos risos de algumas pessoas que não tinham nada a ver com o que por ali se passava, da exclamação de um trolha de bandeira da CGTP em punho que gritou qualquer coisa meio disforme do género "Granda Sporting pá", cuspindo-se todo (afinal não é só gente de bem que tem o Sporting como clube do coração), e de uma senhora, aparentemente revoltada com o facto de eu envergar um tal símbolo me gritar "Oh tu tira esse cachecol", o que obviamente nem retorqui pelo simples facto de não a conhecer de lado algum para me tratar por tu, ainda bem que o carro estava por perto. Mal por mal sempre podia gravar alguma agressão com o telemóvel, mas fica para a próxima. No fundo, o que há a reter, é que a luta faz-se é na tasca a beber minis pá!
Um comentário:
Andas a fazer o tirocínio para seres contratado pelos Gato...
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