sábado, 12 de abril de 2008

Pedaços do Minho


Tomei amores com o vento,
Não sei se faria bem,
O vento é bandoleiro,
Não tem amor a ninguém.


Trocaste-me a mim por outra
Meu amor, fizeste bem,
Perdeste-me a lealdade
Quero perdê-la também.

A maré cresce e decresce,
Fica a praia descoberta,
Vae-se um amor e vem outro,
Não há verdade mais certa.

Pega o salgueiro de estaca,
O amieiro de raiz,
Não te gabes de deixar-me
Que fui eu que te não quis."

(in «O Minho Pittoresco»)

7 comentários:

Anônimo disse...

O vento é bandoleiro e há mais marés que marinheiros... (risos).

cristina ribeiro disse...

É precisamente o que pensa a moçoila cantadeira :)

Anônimo disse...

Pensa e que bem que diz, a malvada (mais risos).

O Réprobo disse...

Espero que a ana Vidal não se ofenda por ver tratado de bandido o convidado Dela...

Ora aqui está o antídoto para o adágio "não há amor como o primeiro". A sabedoria popular é assim, tem sempre uma na manga.
Beijo, querida Cristina

cristina ribeiro disse...

É que o desamor, tal como o irmão de sinal contrário, também aguça o engenho, Mike :)


a Ana faz um exame prévio ao vento que deixa entrar pela "Porta", Paulo :)
Pois é: se o primeiro se revelar um cabeça de vento...
Beijo

Anônimo disse...

Por as flores da árvore parece que vai haver castanhas no Outono....

JA

cristina ribeiro disse...

É, JA. Castanhas-da-Índia :)