sábado, 12 de abril de 2008

Desilusão

Depois de vários anos a acreditar que era possível surgir uma nova classe política, sem os vícios de que cedo me dei conta, fazendo, desse modo, mudar a opinião, que se ia cimentando cada vez mais, de que "assim não vamos lá", chego a um ponto de total descrédito, no que aos partidos, como estão, respeita: o Governo tem sido aquilo que sabemos, e a Oposição não consegue descolar da mediocridade. Estaremos condenados a tal panorama?

7 comentários:

O Réprobo disse...

Não, Cristina, basta proibir os partidos, descentralizar e pôr no topo o Rei. É uma panaceia melhor do que a poçõo mágica.
Beijo

cristina ribeiro disse...

Proibir os partidos, Paulo, não me parece que seja a solução (lá estamos nós na nossa "guerrinha" de estimação :) ).
Quero continuar a acreditar que o português é um povo capaz de ser governado democraticamente, sendo preciso, porém que surja alguém de carisma que saiba discipliná-lo e impor o interesse de todos nós sem ter de recorrer à violência. Estou desiludida porque, depois de tantos anos, ninguém o conseguiu ainda.
Como disse há tempos numa caixa de comentários, estamos cansados, mas não derrotados.
E claro que o Rei seria uma figura aglutinadora e apaziguadora.
Beijo

Anônimo disse...

Com ou sem rei, que pela parte que me toca nem sei explicar porque sou republicano (e haverá quem saiba?), o nosso problema é um problema de atitude, educação e formação.

cristina ribeiro disse...

Estamos de acordo, Mike, e é precisamente nisso que os nossos políticos falham redondamente. Se estão "lá" têm responsabilidade neste estado de coisas, caótico...

Nuno Castelo-Branco disse...

Para o Mike: é necessário começar por algum lado e os símbolos são importantes, criando um certo estado de espírito.Há uns meses, um especialista de marketing, garantia que a pretensa flâmula nacional tem demasiadas conotações terceiro-mundistas. Há que dar remédio a tal contrariedade e recorrer novamente às cores do norte (ehehehehe).

José M. Barbosa disse...

São ciclos dos quais não podemos fugir. Portugal tem uma missão a cumprir e cumpri-la-á. Ignoremos a bastardia política, façamos de conta que não existem, e tudo se tornará mais claro.
Ainda bem que gostou do "caribenho" José Luís Guerra.
Z.

Pedro Fontela disse...

Cara Cristina Ribeiro,

A partir do momento em que não existe uma opinião pública participativa e que peça contas à classe política é o regabofe... que é mais ou menos o que temos neste momento.

ps: na questão monárquica, por cada pessoa que ficasse satisfeita com um rei (grupo do qual não faço parte) haveria outra profundamente revoltada. Em última análise isso não mudaria nada.