domingo, 6 de abril de 2008

Adenda a "Tomáz de Figueiredo"

Volto a ele, porque encontrei, adormecido na estante, um livro de António Manuel Couto Viana que se debruça sobre vários escritores, entre os quais Figueiredo: «Coração Arquivista».
Lido há alguns anos já, mas mal lido, passou-me despercebido este pedaço: "Ao lê-lo («A Toca do Lobo»), senti que tinha encontrado o romancista que melhor se identificava com a minha sensibilidade; esse que eu gostaria de ser, se tivesse qualidades de ficcionista. Aliás, aqueles climas, aquelas personagens, conhecia-os eu de sempre; encontrara-os por toda a Ribeira-Lima, em minha casa, ou nas que frequentava, nas ruas e nas feiras ou quintas de lavoura e recreio- exactos, vivos, com a nobreza e o pitoresco que o Tomaz poderosamente retratava.(...) Também não escapava à lupa bem focada do discípulo de Camilo o português de certos discursos de eminências políticas."

2 comentários:

O Réprobo disse...

Na vida civil ele era notário. É como se a Tradição lá tivesse lavrado a escritura pública que possibilitasse o seu registo artisticamente guardado para a posteridade.
Beijo

cristina ribeiro disse...

E ficou tão bem lavrada, que se tornou num daqueles "que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando".
Beijo