terça-feira, 15 de abril de 2008

Acordo ortográfico?

Acabo de assistir, na televisão, à discussão das vantagens e desvantagens da projectada reforma da Língua Portuguesa.
Admiradora que sou da Literatura Brasileira- li desde José Mauro de Vasconcelos até Machado de Assis-, sou frontalmente contrária à sua entrada em vigor ( faltam ainda vários países ratificá-la, como por exemplo Moçambique e Angola), antes do mais porque, como disse o Linguista e Filólogo Professor António Emiliano, não há um único argumento linguístico-científico a favor de tal acordo.
Tal como está, a Língua Portuguesa é falada e escrita por duzentos milhões de pessoas, sem que
haja quaisquer problemas de comunicação, e, pelo contrário, as variantes que existem dentro dela só a enriquecem- todos nós nos entendemos na sua diversidade...

6 comentários:

O Réprobo disse...

Querida Cristina,
não é coisa de que os intelectuais de cá ou lá sintam a falta, como não é prioridade política, salvo para se mandar para as TVs uma medida no momento em que não se lembre de mais, em sede da aproximação dos dois Países.
Sobra o negócio da China para as editoras: é muito mais fácil republicar uma Literatura em nova ortogradia do que procurar novas obras de interesse para dar à estampa...
Beijo

cristina ribeiro disse...

Ai que se esse reforma for adiante, Paulo, vou deixar a sua caixa cheia de erros: nunca me verão a escrever òtimo -a não ser agora :)
Beijo

cristina ribeiro disse...

..."ótimo"...

Anônimo disse...

De "fato" este acordo só deveria ter um destino....LIXO !!!!

JA

ana v. disse...

É engraçado, eu comecei por ser a favor do acordo... quando ainda não o conhecia, e apenas por não rejeitar mudanças que me pareciam de aproximação entre os países da lusofonia. Hoje sou contra, também. Acho o acordo desnecessário e empobrecedor da língua portuguesa, reduzindo as suas formas de expressão. E porque faz com que seja uniformizada a grafia com argumentos baseados exclusivamente na fonética, o que me parece um disparate.

cristina ribeiro disse...

E contra esses "fatos" nós temos argumentos, JA


É como diz Vasco Graça Moura, Ana: convivemos tão bem com as diferenças...