Ficámos a conhecer pelo Demokrata um excelente texto do Professor Olavo de Carvalho, de onde destaco:
Uma das poucas vozes dissonantes foi Nicolas Sarkozy, que em discurso recente afirmou:
“O Maio de 68 impôs o relativismo moral e intelectual a todos nós. Impôs a idéia de que não existia mais qualquer diferença entre bom e mau, verdade e falsidade, beleza e feiúra. Sua herança introduziu o cinismo na sociedade e na política, ajudando a enfraquecer a moralidade do capitalismo, a preparar o terreno para o inescrupuloso capitalismo das regalias e das proteções para executivos velhacos.”
Reagindo com indignação a essas palavras, o ativista-historiador Tariq Ali – ele mesmo um dos agitadores de 1968 – exclama: “Não me venha com essa, Sarkozy!”. E, imaginando brandir contra o presidente francês argumentos irrespondíveis, pergunta: “Então, nós é que somos responsáveis pela crise do subprime , pelos políticos corruptos, pela desregulamentação, pela ditadura do livre mercado, pela cultura infestada por um oportunismo descarado, pela Enron, pela Conrad Black, entre outras coisas?”
Mas a resposta a essa pergunta é, incontornavelmente, “sim”. O movimento de 1968, que na verdade começou em Harvard em 1967, marcou a conversão mundial da esquerda aos cânones da “revolução cultural” preconizada por Georg Lukács, Antonio Gramsci e os frankfurtianos. A ambição da militância, daí por diante, já não era tomar o poder, nem muito menos implantar o socialismo. Estas metas eram adiadas para depois de conquistado o objetivo primordial: destruir a civilização do Ocidente, corroer até à extinção completa as bases culturais e morais sobre as quais tinha se erigido o capitalismo. Ora, o que é o mais bem sucedido sistema econômico, quando amputado de seus fundamentos civilizacionais e reduzido à pura mecânica das leis de mercado? É um mundo de riqueza sem alma, um inferno dourado.
“O Maio de 68 impôs o relativismo moral e intelectual a todos nós. Impôs a idéia de que não existia mais qualquer diferença entre bom e mau, verdade e falsidade, beleza e feiúra. Sua herança introduziu o cinismo na sociedade e na política, ajudando a enfraquecer a moralidade do capitalismo, a preparar o terreno para o inescrupuloso capitalismo das regalias e das proteções para executivos velhacos.”
Reagindo com indignação a essas palavras, o ativista-historiador Tariq Ali – ele mesmo um dos agitadores de 1968 – exclama: “Não me venha com essa, Sarkozy!”. E, imaginando brandir contra o presidente francês argumentos irrespondíveis, pergunta: “Então, nós é que somos responsáveis pela crise do subprime , pelos políticos corruptos, pela desregulamentação, pela ditadura do livre mercado, pela cultura infestada por um oportunismo descarado, pela Enron, pela Conrad Black, entre outras coisas?”
Mas a resposta a essa pergunta é, incontornavelmente, “sim”. O movimento de 1968, que na verdade começou em Harvard em 1967, marcou a conversão mundial da esquerda aos cânones da “revolução cultural” preconizada por Georg Lukács, Antonio Gramsci e os frankfurtianos. A ambição da militância, daí por diante, já não era tomar o poder, nem muito menos implantar o socialismo. Estas metas eram adiadas para depois de conquistado o objetivo primordial: destruir a civilização do Ocidente, corroer até à extinção completa as bases culturais e morais sobre as quais tinha se erigido o capitalismo. Ora, o que é o mais bem sucedido sistema econômico, quando amputado de seus fundamentos civilizacionais e reduzido à pura mecânica das leis de mercado? É um mundo de riqueza sem alma, um inferno dourado.
3 comentários:
Samuel,
Sem comentar o caracter abjecto do autor do texto e do sitio de referência... Agora essa tese do ataque ao "ocidente" já teve defensores mais convincentes e sempre foi pautada pela falta de percepção histórica e cultural dos seus autores que arbitrariamente escolhem um momento hostórico para definir como pico civilizacional. Sinceramente é mau perder por parte da direita reaccionária.
Pedro,
Peço-te encarecidamente que sejas um pouco mais tolerante face a sítios de referência, principalmente outros blogs e seus respectivos autores, posto que merecem todo o respeito e uma terminologia polida independentemente das suas convicções políticas ou ideológicas, visto que nos visitam, que também os visitamos e que nos referenciam.
Já diria Locke que ninguém detém a verdade absoluta sobre as coisas pelo que como tal temos que saber ser tolerantes para com os outros, também de acordo com o que escreve também o Eduardo Pitta aqui (http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/2145260.html)
E como qual tem direito às suas opiniões, devo dizer que subscrevo o que Olavo de Carvalho escreve neste texto, excepto quanto ao mesmo ponto que referes, de destruição do Ocidente. Não iria tão longe, posto que as civilizações se consideradas como unidade de análise em si próprias também evoluem como bem explica Huntington. O problema para muitos, especialmente a extrema-direita reaccionária, mas também a extrema-esquerda, sua irmã, é o não saberem lidar com a noção de mudança.
Samuel,
Eu sei o que digo... há coisas que não se podem negociar em amena cavaqueira nem são razoaveis a nenhum nivel e os dois referenciados estão lá... lamento que isso vá de acordo com o que acreditas mas ser brando não é uma opção.
ps: falar em tolerância com esses dois é de rir. Nenhum deles sabe o que isso significa e sinceramente sempre fui adepto de combater o fogo com fogo.
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