quinta-feira, 26 de junho de 2008

Para as feministas, defensores(as) de quotas e afins

Os méritos de um ser humano, e de um ser humano cidadão, em particular, não devem continuar a depender de uma classificação na base do sexo. Nenhuma mulher corre hoje o risco de chegar a uma qualquer universidade, por exemplo, e perguntarem-lhe se não estará equivocada. Um imbecil será sempre um imbecil independentemente de ser homem, mulher ou hermafrodita. O associativismo sexista, para além de elitista, destina-se supostamente a discutir e a impor "especialidades". Não imagino nenhuma mulher da Quinta do Cabrinha ou da Cova da Moura a ser "convidada" a apresentar uma comunicação ao congresso. As participantes - e os participantes - viveram sempre a "humilhação", nas suas cabecinhas pequeno-burguesas, como um fenómeno puramente intelectual.

João Gonçalves in Portugal dos Pequeninos

2 comentários:

Pedro Fontela disse...

Pois... mas sabem que eu oiço esse discurso 500 vezes por dia precisamente dos cromo mais preconceituosos... nada está mal e nada é preciso mudar. Se não se gostam de quotas é preciso propor outra coisa eficiente que não seja aquela resposta pateta do "se tiverem mérito ele será reconhecido" como se a nossa sociedade funcionasse mesmo assim.

cristina ribeiro disse...

Mas funciona mesmo, Pedro: tantas mulheres em lugares de chefia, na política também,se tiverem valor para se impor e vocação, e interesse...
Quotas "à martelo" para as vermos lá como simples figurantes, a quem se pede para bater palmas? É certo que esse é, também, o papel de muitos dos deputados, mas isso é outra história- também muito pertinente...