terça-feira, 17 de junho de 2008

O que penso de Salazar

Assim via, em 1921, «O Século Ilustrado» o povo a ser asfixiado pelo "Polvo Gigante"


Não há homens providenciais? Acho que há. Mas também há homens que não sabem sair do lugar onde muito fizeram, no tempo apropriado.
Para mim, Salazar reúne essas duas qualidades.

Quando a Primeira República tinha já deixado o País num estado reconhecidamente lastimoso, ele foi muitíssimo oportuno, no labor de o levantar do atoleiro em que se encontrava, e, por isso, temos muito a agradecer-lhe. Mas uma grande virtude nos Grandes Homens há-de ser, forçosamente, a de ter a coragem, e o saber, de sair de cena na altura certa; essa vejo-a eu no final dos vinte primeiros anos em que esteve à frente dos destinos do País que se propôs levar adiante, o que fez com êxito...

2 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

É a velha história do "se vão da lei da morte libertando". Devem dizer a si próprios ..."só mais dois anos, preparo a casa e depois"... e ficam, ficam!

Nuno Castelo-Branco disse...

Adorava saber o que desenharia o Bordallo Pinheiro em 1921? Tinha-lhe rebentado a "república" na boca, digo, na pena...