Um dos mais grandiosos edifícios da capital (Av. Duque de Loulé 88), ao estilo Haussmaniano, talvez o único em Lisboa. Aguarda intervenção, mas a presença de placas de uma empresa de fundações, indicia substituição ou total descaracterização, à imagem daquilo que aconteceu ao "Frankenstein" do Heron Castilho. A simples manutenção das fachadas, acarreta o inevitável desaparecimento dos conceitos de organização interna do espaço. Perde-se a memória da função social de cada imóvel. Perdem-se referências de como viviam os lisboetas nos finais do século XIX. Estas obras de recuperação que agora vemos, são literalmente, Obras de Fachada.
Creio ser absolutamente necessária, a criação de uma entidade com plenos poderes, que supervisione a manutenção de todo o património da cidade, que está em permanente ameaça de destruição ou descaracterização. Os negócios imobiliários de alguns e certos interesses privados, não podem sobrepor-se ao interesse nacional.
Creio ser absolutamente necessária, a criação de uma entidade com plenos poderes, que supervisione a manutenção de todo o património da cidade, que está em permanente ameaça de destruição ou descaracterização. Os negócios imobiliários de alguns e certos interesses privados, não podem sobrepor-se ao interesse nacional.
4 comentários:
é um prédio imponente, mas se mantiverem a fachada já é uma sorte. antes isso do que a demolição integral e a substituição por um mamarracho de vidros fumados.
“Fachadas” é do que os nossos desgovernantes mais gostam; afinal de contas nesta republiqueta das bananas (neste caso, infelizmente já nem isso…) as aparências são aquilo que conta!
Tudo isto porque, devido a uma profunda ignorância, falta de cultura, bem como uma manifesta cupidez, nem sequer conseguem conceber que, a médio longo prazo, manter o nosso património será mais vantajoso para todos.
Já nem falo a nível estético e de bem estar das populações (isso é matéria certamente inacessível às mentes dos novos Homens do poder), mas sim a nível de cifrões; Conservando o património construído de um país, só aumentamos as hipóteses de vir a ter mais turistas, bem como de valorizar o seu potencial valor imobiliário, nomeadamente aos olhos de investidores internacionais. Será que isto é assim tão difícil de perceber???
(um “Lisboeta” exilado por terras do Alto Douro)
por coincidência, soi "inquilino" neste prédio.
É com muita pena que o vejo chegar a este estado! vidros partidos, pombos esvoaçando, assaltos, vandalismo.
Estes prédios, pela riqueza interior e exterior que apresentam, deveriam ser recuperados e conservados.
Onde chegará Lisboa assim?
Se tem dúvidas, veja o blog soslisboa (ou lisboasos)
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