A ler este post do Ricardo Arroja de onde destaco o seguinte:
Nos últimos anos, através da minha rubrica semanal no "Vida Económica" e em outros eventos nos quais participo, tenho defendido a necessidade de maior autonomia política e económica para as várias regiões que constituem Portugal. Não se trata de inventar a roda. Trata-se apenas de seguir a tendência do que por lá fora se faz e que na Europa dos 15 (antes do alargamento ao leste europeu) só não é seguido por nós e pela Grécia. Ou seja, adoptar um modelo de organização territorial que descentralize o poder. Quanto à forma, regionalismo ou federalismo, tanto faz. O que é preciso é descentralizar e colocar as regiões a competir umas com as outras. É a única via rumo ao progresso e desenvolvimento sustentado e harmonioso de Portugal. Funcionou em todo o lado, por isso, não há razão para crer que na nossa terra será diferente.
Devo dizer que estou plenamente de acordo, até porque já por várias vezes tenho advogado uma organização pública e administrativa de índole federal (aqui e aqui), à boa maneira de Tocqueville, politizando franjas da população normalmente marginalizadas, cada vez mais distantes do Estado, a não ser pelo sentimento que têm de esmagamento por parte desse, dando a todos os cidadãos a responsabilidade de governar o país de forma sustentada e descentralizada, de baixo para cima, por oposição à portuguesa típica forma de governação de cima para baixo, que tanta asneira tem permitido por aí.
Devo dizer que estou plenamente de acordo, até porque já por várias vezes tenho advogado uma organização pública e administrativa de índole federal (aqui e aqui), à boa maneira de Tocqueville, politizando franjas da população normalmente marginalizadas, cada vez mais distantes do Estado, a não ser pelo sentimento que têm de esmagamento por parte desse, dando a todos os cidadãos a responsabilidade de governar o país de forma sustentada e descentralizada, de baixo para cima, por oposição à portuguesa típica forma de governação de cima para baixo, que tanta asneira tem permitido por aí.
3 comentários:
Não percebi ainda se por aqui, o federalismo e o regionalismo são apenas confundidos numa amálgama cheia de incógnitas. O federalismo seria possível se o espaço territorial português se alargasse, isto é, se Lisboa tivesse a coragem de convidar Cabo-Verde a fazer parte da nação. E S.Tomé também. Podemos ficar descansados, porque coragem é coisa pouco visível. Maus tempos...
Devo ainda dizer que não sou tanto pelo regionalismo, pois acho que será um incremento brutal da burocratização com poucos efeitos práticos. Parece-me o federalismo bem mais delimitador de competências políticas, acentuando as especificidades regionais e locais. Se alguns dizem que isso poderá acirrar ódios regionais, basta efectuar uma outra alteração ao regime, a instituição de um símbolo unificador da nação, ou seja, a instituição Monárquica. Com os espanhóis isto tem resultado bem...
Regionalismo, nas actuais condições, seria um acelerar de encontro ao precipício; basta ver como funciona o poder local-as câmaras municipais são um sorvedouro sem nome; sou mais pelo reforço do municipalismo, mas só DEPOIS de arrumar a casa, limpando-a desta corrupção sem limites. Tarefa difícil, na presente situação do País...
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