A propósito da relação entre a arquitectura e o poder o António Luís Vicente deixa-nos esta belíssima citação de Winston Churchill, um grande estadista na verdadeira acepção da palavra, a propósito da reconstrução do parlamento após a sua destruição parcial na II Guerra Mundial:
There are two main characteristics of the House of Commons which will command the approval and the support of reflective and experienced Members. The first is that its shape should be oblong and not semicircular. Here is a very potent factor in our political life. The semicircular assembly, which appeals to political theorists, enables every individual or every group to move round the centre, adopting various shades of pink according as the weather changes. (…) The party system is much favoured by the oblong form of chamber. It is easy for an individual to move through those insensible gradations from left to right, but the act of crossing the Floor is one which requires serious attention. I am well informed on this matter for I have accomplished that difficult process, not only once, but twice.
On the rebuilding of the House of Commons after a bomb blast. The Second World War, Volume V : Closing the Ring (1951) Chapter 9
On the rebuilding of the House of Commons after a bomb blast. The Second World War, Volume V : Closing the Ring (1951) Chapter 9
5 comentários:
Moral da história: nada foi deixado ao acaso; tudo era pensado em função daquilo a que se destinava...
Neste "Estado Sentido" respira-se um ar novo. Bem hajam.
Gostei da mascote.
(para quem tem 6 cães e três gatos...)
JB.
E poder-se-á interpretar de outra forma, isto é, que o hemiciclo suscita a existência dos chamados adesivos ou vira-casacas!
Obrigado caro José, já há algum tempo que não aparecia por cá! Novos membros, novo design, e esperamos continuar a poder melhorar!
Um abraço
Samuel
No entanto, o facto de a Inglaterra ter uma experiência parlamentar de séculos, parece secundarizar a questão da forma do Parlamento, oblonga ou rectangular.
Ainda assim Churchill jogou pelo seguro ao optar por manter a tradição, não fossem os ingleses cair nos atavismos afrancesados de cortar com tudo o que está para trás, de que também nós portugueses somos "vítimas".
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