Realizou-se ontem em Madrid, uma parada evocativa dos duzentos anos do início da Guerra Peninsular, participando soldados uniformizados à época, dos exércitos espanhol, francês, polaco, britânico e português. Estranha foi a versão dos acontecimentos apresentada pelos organizadores, porque de um lado, colocou o Reino Unidos, a Espanha e Portugal, enquanto os invasores foram os exércitos franco-polacos de Napoleão I. É uma revisão da História e tão inédita, quanto abusiva. Elimina a aliança franco-espanhola de 1801, esquece a chamada guerra das Laranjas, a batalha de Trafalgar, o Tratado de Fontainebleau e a consequente partilha do território português e por fim, a invasão conjunta de Portugal (1807), pelos exércitos de Bonaparte e de Carlos IV. A única interpretação a dar a este claro mascarar de uma realidade desagradável para o reino vizinho, deve-se decerto, ao desejo dos espanhóis - sejam lá quem eles forem -, de figurar entre os vencedores. Desta forma, os tratados de aliança com o imperador, a abdicação dos Bourbon em Bayonne e a ascensão de José Bonaparte ao trono madrileno, são meros detalhes sem importância.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
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3 comentários:
É imoral a ligeireza com que se mascaram os factos históricos!
E o "nosso" ministro da Defesa que estava presente nem se manifestou...nem ninguém do MNE...
Cachamuiña y el General Castaños contra las Perfidias de las Tropas Napoleónicas en España.......
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