quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Não sei se ria, não sei se chore (2)

Retomamos a actividade bloggeira neste novo ano, com um post que já havia escrito em 28/12/2007, embora só agora tenha tido oportunidade de o colocar no blog:

Depois de ter constatado que “É irónico e hilariante ver comunistas e nacionalistas de extrema-direita a protestar contra um suposto centro-esquerda, que eventualmente até poderia ser o centro-direita, reclamando por liberdade”, eis que se nos apresenta outra situação digna de riso...ou choro.

Em pleno descalabro do Millennium BCP, Carlos Santos Ferreira sai da Caixa Geral de Depósitos para ir formar uma nova equipa na direcção do BCP, que até parece contar com o apoio dos maiores accionistas, como Joe Berardo, Fernando Ulrich ou os grupos de holandeses e espanhóis.

Ora, logo começaram a surgir nomes para assumir o cargo deixado vago por Carlos Santos Ferreira na CGD, e aqui começa o descalabro. Depois de Menezes se ter manifestado em prol da nomeação de uma pessoa ligada ao PSD para a administração do banco estatal, logo o vice-presidente do PSD, Rui Gomes da Silva, se envolveu numa disputa verbal com o Ministro Pedro Silva Pereira, numa demonstração daquilo que os partidos do centrão não devem fazer, isto é, lavar a roupa suja na praça pública, quebrando o pacto tácito estabelecido entre os dois, para se irem alternando nos cargos mais importantes do Estado sem grandes sobressaltos.

Para além de ridículo, só se prejudicam, descredibilizando-se mutuamente aos olhos da nação, pelas acusações de cada qual andar a meter cunhas em público ou em privado.

É que nem interessa o mérito, ou se alguém possui as capacidades para liderar a CGD, o que é realmente importante é a filiação partidária, neste Portugal dos pequeninos com a mania das grandezas.

PS e PSD assomaram-se do sistema estatal, partidarizando o que não deve ser partidarizado, julgando-se donos do poder, de tal forma, que já nem têm vergonha na cara, prestando-se a humilhações públicas que se tornam ainda mais humilhantes quando a nação já nem com isso se importa, essa que vai perdendo a esperança neste regime chamado de abrilista.

É quando estas atitudes infantis e ridículas se começam a tornar cada vez mais frequentes que sabemos que o regime está a precisar de um abanão. Já chegámos ao fundo do poço. Agora alguns decidiram começar a escavar...

2 comentários:

bruno e.a. disse...

ah bom!
assim tá bem!

pensei que tinhas pndurado as botas...

bruno e.a. disse...

olha eu é que pendurei um (E).