domingo, 27 de janeiro de 2008

Bastonário sem medo (2)

aqui tinha falado sobre esta nova novela iniciada por Marinho Pinto.

Para além de ter revelado que me apraz a coragem demonstrada por esse, embora ainda esteja expectante para ver no que vai dar, penso que o Bastonário da Ordem dos Advogados se arrisca a ter um maciço apoio popular.

Ainda há pouco tempo falava com alguém bastante bem colocado que me dizia conhecer e ser amigo de longa data de Marinho Pinto, que me disse que este não é um vulgar homem do sistema, o que o levava também a não compreender bem como tinha sido eleito.

Ontem quando falava com o Jorge Girão dizia-me também que este é um outsider.

Gostei da sua intervenção na Sic, revelando 3 casos sem nomear ninguém, mas dando características concretas dos casos. Irrita-me este clima de interrogatório por nomes e provas para o qual o Blasfémias alerta.

Faz-me lembrar os meus tempos de terrorista a nível de associativismo académico, ou seja, há 7 meses atrás, quando elaborava a minha carta de demissão, onde ao longo de 5 páginas nomeava pessoas e indicava situações escabrosas com as quais não podia mais compactuar. Na assembleia geral onde a apresentei, e onde quase vi a minha integridade física ameaçada, muitos me pediram provas.

Mas como em Portugal as coisas se passam e todos compactuam com pequenos actos de corrupção, sendo que provas é algo complicado de arranjar quanto a conversas e propostas verbais, respondi que provas obtêm-se em tribunal, e que estava disposto a ir para tribunal se quisessem levar o caso até ao fim.

Logo o silêncio atingiu os mesmos que me pediam provas, até porque logo de seguida comecei a referir testemunhas e que tinha fotografias de certas situações que indicava, mas, obviamente, só revelaria em tribunal.

Seguiu-se uma moção de censura que na seguinte assembleia geral foi chumbada, pois as pessoas em causa mobilizaram uma série de gente que só lá foi para votar, sem saber do que se tratava, à bela maneira das J's e partidocanalhocracia portuguesa.

Enfim, mas em relação a esta nova novela, vieram entretanto José Sócrates e Teixeira dos Santos demarcar-se das acusações e criticar quem acusa sem dar nomes. Em relação a Teixeira dos Santos, o Blasfémias tem um interessante post.

Gosto de Marinho Pinto. Revela a veia anarquista que há em todos os portugueses, aqueles que segundo um general Romano em carta a César Augusto revelava que "não se governam nem se deixam governar".

Aguardam-se cenas dos próximos episódios.

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