quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Inteligência Mínima Nacional para exercer política

Ainda no seguimento das declarações da JP, fico a saber pelo Tomás Vasques, que o Irmão Lúcia considera que deveria ocorrer "a implementação de uma inteligência mínima nacional para exercer política".

Pese o tom humorístico que o Irmão Lúcia confere a esta consideração, devo dizer que estou totalmente de acordo. Aliás, penso até que nunca estive tão de acordo com qualquer outra ideia.

A civilização grega funcionava exactamente sob esse pressuposto. É das poucas coisas em que sou realmente platónico, considerando a ideal distinção entre almas de ouro, prata e bronze, e o sistema de mobilidade social assente na verdadeira meritocracia, onde só os detentores da ciência da polis possuem virtudes e capacidades para exercer cargos públicos e governar, que lhes são inegavelmente reconhecidas pelo povo.

Elitista? Talvez. Realista? Mais ainda! Fazem falta políticos dignos dessa adjectivação, e não é só em Portugal, como alerta o Miguel Castello-Branco: "Onde estão na Europa verdadeiros ministros e grandes senhores como Disraeli, Gladstone, Salisbury, Churchill, Briand, Schuman, Chaban-Delmas, Cavour, Orlando, De Gasperi, Aldo Moro, Cánovas del Castillo, Sagasta e Romanones, esses verdadeiros profissionais da política com biblioteca montada em casa ?"

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