Como o agenda setting (pelo menos da blogosfera) parece ter colocado a Venezuela no centro da agenda, e colocado em stand-by questões como o Irão ou o tímido regresso do discurso da guerra fria por parte de Moscovo, lá terei também que dizer alguma coisa. Porém devo assinalar que esta questão está cada vez mais a “encher-me o saco” como dizem por aqui, pois como devem imaginar, no Brasil não se fala de outra coisa, nos jornais, nas universidades, nos cafés.
Um professor da UnB há tempos dizia que achava que Chávez teria optado por sair da Comunidade Andina e aderir ao Mercosul para causar instabilidade tanto num bloco como no outro. Porém, analisando o discurso e tomadas de decisão de Chávez, os seus movimentos são erráticos e muitas vezes imprevisíveis, portanto até onde irá a sua inteligência para uma manobra política de tal envergadura?
Quanto à questão do referendo direi apenas que concordo com o Rodrigo Moita de Deus:
“Um chefe de estado com a tropa na rua, o aparelho eleitoral na mão e a fama de ditador só perde uma votação se for nabo ou se quiser.”
Esta questão deixa também no ar uma certa teoria da conspiração, que até seria bem possível, visto que ao “deixar” que o “Não” ganhasse, Chávez estaria a legitimar perante o mundo o sistema democrático que impera na Venezuela. E lá que é democrático é. É uma democracia eleitoral, tal como definida por Larry Diamond. Não é uma democracia liberal, sendo o liberal aqui na acepção teórica da defesa das liberdades, direitos e garantias individuais, tendo ainda em linha de conta a competição livre e justa entre líderes e facções políticas. Mas, mais uma vez, até onde irá a inteligência de Chávez para uma tal manobra política?
A Venezuela é um dos principais exportadores de petróleo do mundo, o que a torna extremamente importante. Porém, a liderança regional é exercida ao norte por Estados Unidos, e ao sul pelo Brasil, que apesar de alguns momentos de relações mais ténues, sempre foram grandes parceiros.
Sabendo que Brasil e Estados Unidos desde há muito são parceiros estratégicos quanto à América Latina, não será difícil imaginar que estarão muito atentos ao que se vai passando na Venezuela. E como dizia um Professor ainda ontem, o que é positivo em perspectivar estes regimes que seguem na onda reversa à terceira onda de democratização, é saber-se que um dia vão acabar, por vezes mais cedo do que se pensa.
Chávez é uma pedra nos sapatos do Brasil e Estados Unidos, que mais tarde ou mais cedo descalçarão o sapato para retirar a pedra incomodativa. Nem chega a ser uma pedra tão grande como Fidel.
Um professor da UnB há tempos dizia que achava que Chávez teria optado por sair da Comunidade Andina e aderir ao Mercosul para causar instabilidade tanto num bloco como no outro. Porém, analisando o discurso e tomadas de decisão de Chávez, os seus movimentos são erráticos e muitas vezes imprevisíveis, portanto até onde irá a sua inteligência para uma manobra política de tal envergadura?
Quanto à questão do referendo direi apenas que concordo com o Rodrigo Moita de Deus:
“Um chefe de estado com a tropa na rua, o aparelho eleitoral na mão e a fama de ditador só perde uma votação se for nabo ou se quiser.”
Esta questão deixa também no ar uma certa teoria da conspiração, que até seria bem possível, visto que ao “deixar” que o “Não” ganhasse, Chávez estaria a legitimar perante o mundo o sistema democrático que impera na Venezuela. E lá que é democrático é. É uma democracia eleitoral, tal como definida por Larry Diamond. Não é uma democracia liberal, sendo o liberal aqui na acepção teórica da defesa das liberdades, direitos e garantias individuais, tendo ainda em linha de conta a competição livre e justa entre líderes e facções políticas. Mas, mais uma vez, até onde irá a inteligência de Chávez para uma tal manobra política?
A Venezuela é um dos principais exportadores de petróleo do mundo, o que a torna extremamente importante. Porém, a liderança regional é exercida ao norte por Estados Unidos, e ao sul pelo Brasil, que apesar de alguns momentos de relações mais ténues, sempre foram grandes parceiros.
Sabendo que Brasil e Estados Unidos desde há muito são parceiros estratégicos quanto à América Latina, não será difícil imaginar que estarão muito atentos ao que se vai passando na Venezuela. E como dizia um Professor ainda ontem, o que é positivo em perspectivar estes regimes que seguem na onda reversa à terceira onda de democratização, é saber-se que um dia vão acabar, por vezes mais cedo do que se pensa.
Chávez é uma pedra nos sapatos do Brasil e Estados Unidos, que mais tarde ou mais cedo descalçarão o sapato para retirar a pedra incomodativa. Nem chega a ser uma pedra tão grande como Fidel.
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